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sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Corpo, mente e espírito

Nós humanos, somos seres ao mesmo tempo que completos também somos complexos. Como nada na vida, também não somos exatos. Somos uma mistura de tudo um pouco: somo corpo, mente e espírito. E nestes três pontos, quando vivenciados corretamente, nos levam a harmonia. Contudo, os seus desvios podem nos afastar da nossa essência.

Quem cultua somente o corpo como um fim, apega-se a algo que não somos unicamente nós. São os corpos esculturais, só esculturais, nada mais que isso. É claro que o corpo é o Lar da Alma e devemos cuidar bem dele, mas não se apegar a parte física da matéria e achar que somos só corpo. Vamos muito além disso.

Quem se apega à mente, vive exclusivamente para os intentos e as conquistas mentais. Dá valor excessivo aos diplomas e ao conhecimento. Não que não tenham valor, mas conhecimento sem vivência não tem muito sentido. “Mais vale um grama de sabedoria do que uma tonelada de conhecimento”, comenta o vice-reitor da Unipaz, Roberto Crema. Nos dias atuais, nós corremos o risco de conhecermos muito e não sabermos praticamente nada. Somos analfabetos de nós mesmos. Fomos à lua e ainda não aterrissamos em nossos corações.

E, por último, mas nem por isso menos importante, está o Ser Espiritual. Esta ligação transcendental com o universo, com um Ser Supremo, com uma Energia Natural, com Aquele que É, com uma Grande Força...com Deus. Todos temos esta potencialidade de ligação dentro de nós. Já houve o tempo em que o mais importante era quem tinha um bom QI (Quociente de Inteligência). Também já passou a época em que além do QI, também importava o QE (Quociente Emocional). Agora, o valor está naquele que agregou aos dois primeiros o Quociente Espiritual.

É corrente entre os grandes mestres que um Ser Humano harmônico não adoece, não se cansa. E para isso, é necessário uma vida simples e baseada em valores que se completam neste tripé: mente, corpo e espírito. E olha que o ser humano não nasce assim. No dizer de Gurdjef, o ser humano se forma, se cria, se transforma no decorrer de sua existência. Por isso estamos aqui, para nos transformamos em verdadeiros seres humanos.

Um ser humano verdadeiro não se droga, um ser humano não tem vícios degradantes, um ser humano não mata e nem se mata, um ser humano não faz guerra, um ser humano não é mesquinho, um ser humano possui a auto estima verdadeira e sincera. A vida em desarmonia do tripé “mente, corpo e espírito” além de não nos conduzir a essência do eu, nos afasta do verdadeiro propósito da nossa humanidade.

O eu não é o ego. O ego é um script que vem de fora e que eu sigo alienadamente sem questionar. O ego é mental. Nele eu vivo pra platéia, para as palmas e o reconhecimento externo. Só externo. E o interno? Aqui entra o eu. O eu verdadeiro é a essência da alma. É o coração em harmonia com a razão. É cada um saber qual o seu propósito nesta existência.
Muitos são os caminhos do equilíbrio, todos com seus valores. Busque o seu. Afinal de contas, só encontra quem procura. Se você não buscar, jamais encontrará, mesmo que ele bata sistematicamente a sua porta. Mas saiba que não será uma trilha simples, pois no dizer da professora Lúcia D. Torres “crescer dói”.

Maneca Mendes, educador/facilitador (oikos@oikoscom.com.br)
http://www.guardiaesdoamanha.org.br
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